sábado, 13 de junho de 2009

Borandá: Segundo dia (12/06)

No segundo dia tivemos a presença do jornalista Sergio do Oboré que nos proporcionou discussões e provocou a nossa reflexão sobre os meios de comunicação que temos acesso.
Fizemos uma atividade em que teríamos que escolher 3 características que cada um acredita ser extremamente necessário e entre tantos, as que mais se destacaram foram: espírito coletivo,luta pela igualdade e transparência.
A partir desse levantamento escolhemos uma pessoa dentro do grupo que tinha essas caracteristicas e adivinhem...escolhemos o Vandeí. Este teria que escolher mais uma pessoa que para ele simbolizasse essas caracteristicas também e assim por diante. Foram por ordem: Raimundo, Camila, Anamélia e Marcio (que escolha, hein pessoal?!!! rs).
E então estes participaram de uma atividade em que o Vandei precisaria ler uma notícia no Jornal "Valor Econômico" que destaca uma notícia sobre o último acidente aéreo, guardar o maximo de informação possivel e passar esta informação (sem o jornal em mãos) ao Raimundo e este passaria a Camila e assim sucessivamente. Ao final de tudo vimos que mesmo os mais honestos, transparentes e confiáveis se confundiam, se acusavam e ninguem assumia que um não havia passado a informação correta e fidedignamente um ao outro.
E então o Sergio foi nos mostrando que precisamos anotar o máximo de informação possível, não confiar na memória e se organizar partindo da seguinte premissia:quem são nossos aliados, os neutros, os adversário e os inimigos(que se ocultam e não manifestam sua opinião).
Fizemos outro exercicio a partir dessas ideias que foi listar quais são os meios de comunicação que temos acesso e que podemos intervir e utilizar. E ai veio uma grande revelação...
O nosso potencial de comunicação é enorme, seja por sites, blog´s, jornais, lista de e-mail, revistas, radios comunitários e tantos outros meios. Somos capazes de agir, de articular, de organizar fortes discussões começando por estes meios que ja temos contato.
E o Sergio encerrou dizendo "não preciso nem dizer o potencial que tudo isso tem, né?!"
Muito do que se desenvolveu no segundo dia do Borandá partiu dessa descoberta... sobre o que podemos fazer para intervir e propor novas formas de comunicação, mais democraticas, participativas e igualitárias.
Fizemos reflexões sobre o que sentiamos até aquele dia, quais foram os destaques e quais as angustias, as perguntas que surgiam ou que continuaria até então..
Exercitamos nossa capacidade de articulação a partir de dois casos noticiados na grande midia: o caso Eloá e do jogador de futebol Richarlisson. E vimos mais uma vez que por mais que tenhamos boas ideias e vontade de articular, sempre nos faltam estratégias claras e bem definidas.
E ai o exercicio que o Sergio nos deu fica como dica: precisamos saber quais os meios que temos e quais as metas que queremos atingir, mas não adianta querer tudo de uma só vez, comece agora, mas comece com o pouco que você tem. Comunicação passa pelo coração, porque se a gente não quiser realmente alguma coisa, se não formos realmente apaixonados por ela, se não acreditamos no seu potencial, nunca sairemos do lugar!
Encerramos o dia assistindo ao documentário "A revolução não será televisionada" comentando sobre o Golpe de Estado que Hugo Chavez viveu em 2009 e por fim um outro filme "mais do mesmo" com Jim Carrey (Sim, senhor!), ja que a maioria dos participantes é solteira, mas faz parte do movimento dos auto-suficientes (Eu me amo, não me traio, me conheço, dificil DR comigo mesmo e...estaremos com namorado(a) no próximo Borandá, se assim Santo Antonio e Santo Expedito permitirem..rsrsrs)
Muitas discussões e reflexões marcaram esse dia, mas principalmente a certeza mais concreta de que nosso potencial de comunicação é capaz de transformação social..cabe agora mais do que nunca "botar a mão na massa"...mas isso é assunto para o terceiro dia.


Por Anamélia e Elaine

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